sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Livro: O Mistério Frontenac

“...mas enquanto seus lábios pronunciavam a fórmula admirável, mantinha-se atento somente àquela paz que conhecia bem e que nele se filtrava de toda parte, como um rio ao nascer: sim, ativa, penetrante, conquistadora, igual às águas na época da cheia. Por experiência própria, sabia que não adiantava tentar nenhuma reflexão ou ceder à falsa humildade que leva a dizer: ‘Não é nada, apenas uma emoção à flor da pele...’ Não, era melhor calar-se, aceitar; nenhuma angústia subsistiria... Que loucura pensar que o resultado aparente de nossos esforços importe um mínimo que seja... O que conta é este patético esforço para manter a direção, e principalmente para voltar ao caminho certo... E os resultados desconhecidos, imprevisíveis e inimagináveis de nossos atos aparecerão em algum momento à luz do dia; frutos rejeitados, apanhados do chão, que não temos coragem de oferecer aos outros...” (Mauriac, François – O Mistério Frontenac, p.108)


Ler faz bem. Sim. Acabo de terminar o livro citado acima, e posso fazer a observação de que lê-lo foi como dormir um sono leve. Daqueles que quando se acorda, tem o gosto de sono na boca. Não, o livro não é entediante, é tranqüilizador. Vejo, ao lê-lo, como as pessoas se unem por laços mantidos ora por parentesco (e único e exclusivamente por isso) ora por doação, ora por amor. As pessoas têm medo de ser quem são. De escolherem ser o que são no seu interior. O livro nos diz em alguns momentos de forma sutil e de “mansinho” que as pessoas que optam por exercer na vida a pessoa que verdadeiramente são, sofrem mais. E as que optam por exercer de forma tradicional o que nasceram pra exercer, sofrem menos. Oras!!! Não seria um sofrimento muito maior, omitir a pessoa que se é de verdade? Fica aí, nossa escolha. François deixa a nosso cargo, saber o que é melhor. Exemplos temos, só nos falta enxergá-los.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Etc...

Procurei algo para descrever o que eu estava sentindo ali, naquele instante tão único e particular. Busquei tentativas de entender o desconhecido, inutilmente. Procurei aguçar cada célula do meu corpo para descrever um único momento. Aquele momento. Somente aquele. Havia luzes brilhando ao vivo sobre minhas idéias, que até então eram apenas idéias. Nada real. Mas aquele momento singular fez tudo se refletir e se renovar de uma forma tão exclusiva, tão inexplicável, que eu nem com palavras nem com ações fui capaz de descrever nem o momento nem o que eu sentia. Percebo dessa forma, que existem experiências que não são vividas para serem explicadas. São apenas para serem sentidas. E é o sentimento que as tornam emoções com propósitos. E o propósito daquela, foi me fazer compreender o quanto a dor é efêmera, mediante a grandiosidade do que há de bom nas pessoas. Não digo que não tentarei novamente (inutilmente é claro) explicar momentos e sensações. É provável que o faça mais e mais vezes. Mas com o tempo, sentirei menos necessidade de explicar e mais de sentir. Assim eu espero.

17/01/2011 (isto mesmo, segunda-feira e eu criando post!!!aiaiaiaiai)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mayu

Amo-te ao acordar, seja ele o meu ou o seu....
Amo-te ao ouvir sua voz, seja ela pra dizer: “mamãe, qué dedînha”
Amo-te ao ver seus olhos, abertos ou fechados, com lágrimas ou sorrisos. Amo ver um pouco de mim neles... e saber que são seus, e não do papai nem da mamãe.
Sinto você em meu colo, que já está pequeno pra caber uma pessoa que é já é uma “mocinha” aos olhos do xixi na cama, e ainda é um neném quando chega de mansinho e diz: “mamãe dula eu?”
Amo-te quando você me pede de presente um cavalo (de verdade) ou me pergunta: “mamãe, este céu é seu?”
Brincamos, brigamos, amamos a nós mesmas, uma a outra e várias pessoas em comum. Somos mãe e filha, irmãs, amigas e princesas (como ela mesma diz).
E tem coisas que não vou esquecer jamais: Aqueles olhos me olhando do mesmo jeito que me olham até hoje, ao acabar de nascer. O primeiro: “mamãe” aos 8 meses. E aquele pequeno diálogo que faz o tempo parar:
-“mamãe” ,
- O que é Sarah...
- “amo você de paixão”
Tem como não haver amor no mundo?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cor-de-Rosa

Acordei com um sentimento pequenino, gostoso, querendo carinho e ser cuidado. Sonhei um sonho que me remeteu a uma saudade de uma pequena coisa boa que eu vivi em meio um relacionamento que não teve um final feliz. A saudade era como um pontinho cor-de-rosa, dento da minha alma e não dentro do meu coração. E é bem gostoso senti-la, e saber que não podemos voltar atrás para corrigir nada. Não é preciso não é mesmo? Voltar não faria nada melhor e nem pior. E também não posso voltar. E nem quero. Saber olhar pra este pontinho e ver que em meio a tempestade houve algo positivo, algo digno de ser lembrado é muito bom. É como uma esperança renovada a ser vivida. Como uma nova oportunidade, uma nova chance. E isso não é um milagre ou uma dádiva. É simplesmente um dia novo, uma nova pessoa, ou uma nova situação. Ou tudo isso junto.

Façamos nosso tempo

Me pego agora, pensando em algo que surgiu em minha mente, que não sei de onde veio. Talvez eu tenha lido em algum lugar.... me esforço pra pensar de onde veio esta conclusão. Ela não pode ter sido fruto da minha mente (me acho meio fraca para fazer conclusões como esta). Penso de uma maneira bastante concisa, na típica frase que ouvimos bastante no decorrer de nossas vidas: “estou sem tempo” ou: “não vai dar, não vou ter tempo”. Outro dia conversando com o Daniel (meu patrão, chefe, amigo, gostos, teorias, idéias e emoções que identifico com as minhas) chegamos a conclusão que se o nosso dia tivesse 48 horas viveríamos bem. Dessa forma poderíamos trabalhar o quanto achamos necessário ser, ter tempo para nossa família, uma atividade física, a leitura de um livro e/ou um filme(coisas que também temos em comum). Enfim, voltando a realidade (nua, crua e em alguns momentos cruel), nosso dia só tem 24 horas e temos que dormir também, coisa que no nosso caso (meu e do Daniel) nem nos lembramos de citar. Então, agora após este pequeno resumo, volto a falar do que eu pensava: tempo não se acha, se faz. Jamais vamos encontrar tempo. Ele não está por aí na lâmpada do Alladin, esperando a nós o encontremos. Somos senhores do nosso próprio tempo (Momo e o Senhor do Tempo, leiam!!!). Não podemos deixar que nossas atividades rotineiras, principalmente nosso trabalho nos domine. Nós é que devemos criar alternativas e fazer nosso próprio tempo e com qualidade. Façamos o nosso tempo, da melhor maneira para nós mesmo, atendendo a nós e nossas necessidades. Nossos sonhos e desejos.

Para um péssimo aniversário...

...um feliz 2011. Menos, não preciso exagerar. Foi apenas desapontador. Mas enfim, pensando em 2011, não se iluda: nada muda se a gente não mudar. Do que adianta os planos, as metas, os objetivos, se a mudança não começar dentro de nós mesmos?  Temos novamente, 365 dias novos para nos fazermos melhores. Não adianta culparmos o mundo, pensando que as coisas que não acontecem ou acontecem de forma diferente da planejada, teremos mais dias pra começar tudo outra vez. Temos a oportunidade da mudança todos os dias. Porque não falar a todo momento. (odeio quando eu começo a falar essas coisas que todo mundo fala e não faz, idiota).
Melhor parar de escrever.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Capuccino

Acredito que beber capuccino antes de dormir não seja uma coisa muito comum na rotina das pessoas. Amo muito beber capuccino, seja a hora que for. Tornou-se uma boa pedida antes de dormir para me acompanhar na redação dos meus post. Hoje estou bastante cansada. Minha mente pensou tanto, que isso fez com que eu ficasse mais cansada do quando trabalho o dia todo. Pensar e não chegar a lugar algum é o mesmo que nadar e morrer na praia? Não sei. Na verdade, na maioria dos casos eu já tenho em mente o que vou fazer, mas ainda sim acredito que pensar sobre o assunto é bom. Faz a gente ver mais ângulos dele. E faz a gente perder o medo também. O medo de pensar naquilo. O medo de que aquela situação ocorra. Percebo, com algumas coisas que me veem acontecendo, o quanto o medo nos impede de crescer. Isso não porque temos medo de crescer, na verdade o medo nos impede de viver situações que precisamos viver para crescer. O medo de viver aquilo que pode não ser como gostaríamos, nos faz recuar antes mesmo de tentar. Inútil. Pois assim não vivemos uma possível situação de tristeza, mas também não crescemos. Não poderemos aprender com aquilo. Fico triste em saber que existam pessoas que preferem se esconder de situações assim, por medo de se revelarem. De conhecerem quem verdadeiramente são. Meu Deus! Existem pessoas que tem medo de si mesmas. Acredito que ter medo do desconhecido, é bem aceitável ao ser humano. Medo da morte é uma coisa bem comum (não, eu não sirvo de exemplo), mas ter medo da própria vida? (no sentindo da vida própria de cada um, a vida que é sua e só sua). Ter medo de se conhecer? Desculpe o termo, mas “fodas” se você descobrir que possui um monte de defeitos, que você internamente, não é aquela pessoa feliz que faz piadinhas, que você possui problemas, medos e complicações e que estas te fazem humano, igual a todos. Se existe uma coisa que não me entra na cabeça, é as pessoas estagnarem. Olharem pra si e acharem que aquilo que elas escolheram mostrar aos outros (pra mim isso é uma escolha de cada um) é o que elas são. Acredito sim, que sempre vai existir algo que você não vá revelar a ninguém. Em alguns casos nem mesmo a você, pois fica guardado no seu inconsciente. Tudo bem você não querer se revelar, mas não querer se conhecer por medo? Por medo de saber que você não é perfeito e ter que conviver com seu “EU” imperfeito? Aquele que chora, fica triste, se decepciona (descobri que é impossível não se decepcionar em relacionamentos, sejam eles de qual gênero for, assunto pra outro post), tem raiva, comete erros; e olha pra isso tudo se sente até feliz porque todo mundo se sente assim de vez em quando. Não preciso estar sempre com um sorriso no meu rosto, 100% feliz, expondo apenas minhas alegrias, conquistas e o quanto eu sou o “MÁXIMO” por estar sempre bem. Posso me dar ao direito de me abrir sem medo com meus amigos e contar minhas frustrações do dia. Minhas infelicidades, meus erros e ver nos olhos deles que aquilo tudo não assunta ninguém, que não sou um monstro por ter tristeza e ficar desolado porque algo que eu queria tanto deu errado. E desta forma, cresço nem que seja pouco e ajudo outros a crescerem também, ao ver que enfrentando o medo de me expor, outras pessoas não vão precisar cometer os mesmos erros que eu, pois poderão aprender com os meus...... (gigi, em momento de reflexão)...... .Escrevendo isso tudo, entendendo (relembrando as situações já vividas, nas quais me expus), é que vejo que eu é que sou feliz.

p.s.: Caracas, esse post mereceu um p.s. porque ao terminar de escrevê-lo, havia chegado a mais conclusões do que o dia todo pensando. E eu estou tão feliz e tão animada que o cansaço foi embora e eu conseguiria jogar “Dance Central” a noite toda. Pena que já tava tarde pra sair pra dançar...

29/12/2010 às 22:24