terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vulnerable

Procurei uma música feliz pra ouvir. “Big Girl” (MIKA) serviu bem. A paisagem da estrada parecia mais verde, mais limpa, mais molhada. Havia neblina. Havia nuvens escuras, cinzentas e algumas não tão escuras, mas não havia sol. Havia um ar triste nesta manhã, e não era o meu estado de espírito. Nem minha insônia. Ou meu sono (este não veio até o momento). Havia dor, tristeza, sensação de incapacidade. Havia uma voz dentro de mim gritando: “eu disse pra você seguir o caminho mais fácil, não venha me dizer que você não tinha escolha.” Havia uma tristeza inexplicável. Que eu não consigo exprimir pra colocar aqui em palavras. E ainda há. Mais amenizada, mas não impediu que minha fome viesse, mas ainda sim, não havia sentindo em comer. Ainda sim, vale ressaltar que junto com isso tudo, venho também, de brinde com tudo isso, a certeza de que eu sou capaz de suportar. Que só preciso de um tempo pra olhar pra dentro de mim e tentar explicar isso pra minha mente e pra minha emoção. Mais difícil que isso é conviver com os seres humanos. É manter um relacionamento, seja ele de amizade, de amor, de mãe e filha. E fazer essa introspecção ao mesmo tempo que tento manter estas relações vai ser ainda mais complicado. Mas o que conta é a força de vontade. Ainda sim, é provável que eu me afaste das pessoas que eu amo pra fazer isso de maneira decente a mim mesma. Pelo menos das pessoas possíveis. E sei que vão entender. Ou pelo menos tentar.

p.s.: enquanto eu escrevia tocava a música "Vulnerable" (ROXETTE) e eu estava sem inspiração para dar nome a este post, por isso acabei me deixando levar pela comodidade.

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